sábado, 10 de outubro de 2009

Português brasileiro ou português do Brasil é o termo utilizado para classificar a variedade da língua portuguesa falada pelos mais de 191 milhões de brasileiros que vivem dentro e fora do Brasil, sendo a variante do português mais falada, lida e escrita do mundo.
Devido à importância do Brasil no Mercosul e na UNASUL, esta variante vem sendo ensinada nos países da América do Sul ligados aos blocos (e é popular especialmente na Argentina e Uruguai), e nos Estados Unidos. Também há falantes de português brasileiro como língua materna nos países onde há grandes comunidades brasileiras, notadamente nos Estados Unidos, Paraguai, Japão e em diversos países da Europa.
Antes da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, havia mais de mil línguas no país, faladas por índios de diversas etnias. No decorrer de sua história, o português brasileiro incorporou empréstimos de termos não só das línguas indígenas e africanas, mas também do francês, do castelhano, do italiano e do inglês.
Há várias diferenças entre o português europeu e o português brasileiro, especialmente no vocabulário, pronúncia e sintaxe, principalmente nas variedades vernáculas; nos textos formais as diferenças são bem menores. Vale ressaltar que dentro daquilo a que se convencionou chamar "português do Brasil" e "português europeu" há um grande número de variações regionais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugu%C3%AAs_brasileiro



Nome:
Machado de Assis
Nascimento:
21/06/1839
Natural:
Rio de Janeiro - RJ
Morte:
29/09/1908

Machado de Assis

(...) Assim s�o as p�ginas da vida,
como dizia meu filho quando fazia versos,
e acrescentava que as p�ginas v�o
passando umas sobre as outras,
esquecidas apenas lidas.

"Suje-se Gordo!"



Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, cr�tico e ensa�sta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um oper�rio mesti�o de negro e portugu�s, Francisco Jos� de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do pa�s e um mestre da l�ngua, perde a m�e muito cedo e � criado pela madrasta, Maria In�s, tamb�m mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola p�blica, �nica que freq�entar� o autodidata Machado de Assis.
  
De sa�de fr�gil, epil�tico, gago, sabe-se pouco de sua inf�ncia e in�cio da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria In�s, � �poca morando em S�o Crist�v�o, emprega-se como doceira num col�gio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No col�gio tem contato com professores e alunos e � at� prov�vel que assistisse �s aulas nas ocasi�es em que n�o estava trabalhando.
  
Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender.  Consta que, em S�o Crist�v�o, conheceu uma senhora francesa, propriet�ria de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras li��es de Franc�s. Contava, tamb�m, com a prote��o da madrinha D. Maria Jos� de Mendon�a Barroso, vi�va do Brigadeiro e Senador do Imp�rio Bento Barroso Pereira, propriet�ria da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais.
 
Aos 16 anos, publica em 12-01-1855 seu primeiro trabalho liter�rio, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. A Livraria Paula Brito acolhia novos talentos da �poca, tendo publicado o citado poema e feito de Machado de Assis seu colaborador efetivo.

Com 17 anos, consegue emprego como aprendiz de tip�grafo na Imprensa Nacional, e come�a a escrever durante o tempo livre.  Conhece o ent�o diretor do �rg�o, Manuel Ant�nio de Almeida, autor de Mem�rias de um sargento de mil�cias, que se torna seu protetor.

Em 1858 volta � Livraria Paula Brito, como revisor e colaborador da Marmota, e ali integra-se � sociedade l�tero-humor�stica Petal�gica, fundada por Paula Brito. L� constr�i o seu c�rculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Ant�nio de Almeida, Jos� de Alencar e Gon�alves Dias.

Come�a a publicar obras rom�nticas e, em 1859, era revisor e colaborava com o jornal Correio Mercantil. Em 1860, a convite de Quintino Bocai�va, passa a fazer parte da reda��o do jornal Di�rio do Rio de Janeiro. Al�m desse, escrevia tamb�m para a revista O Espelho (como cr�tico teatral, inicialmente), A Semana Ilustrada(onde, al�m do nome, usava o pseud�nimo de Dr. Semana) e Jornal das Fam�lias.
 
Seu primeiro livro foi impresso em 1861, com o t�tulo Queda que as mulheres t�m para os tolos, onde aparece como tradutor.  No ano de 1862 era censor teatral, cargo que n�o rendia qualquer remunera��o, mas o possibilitava a ter acesso livre aos teatros. Nessa �poca, passa a colaborar em O Futuro, �rg�o sob a dire��o do irm�o de sua futura esposa, Faustino Xavier de Novais.
 
Publica seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o t�tulo de Cris�lidas.
 
Em 1867, � nomeado ajudante do diretor de publica��o do Di�rio Oficial.

Agosto de 1869 marca a data da morte de seu amigo Faustino Xavier de Novais, e, menos de tr�s meses depois, em 12 de novembro de 1869, casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais.

Nessa �poca, o escritor era um t�pico homem de letras brasileiro bem sucedido, confortavelmente amparado por um cargo p�blico e por um  casamento feliz que durou 35 anos. D. Carolina, mulher culta, apresenta Machado aos cl�ssicos portugueses e a v�rios autores da l�ngua inglesa.

Sua uni�o foi feliz, mas sem filhos. A morte de sua esposa, em 1904, � uma sentida perda, tendo o marido dedicado � falecida o soneto Carolina, que a celebrizou.
 
Seu primeiro romance, Ressurrei��o, foi publicado em 1872.  Com a nomea��o para o cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Minist�rio da Agricultura, Com�rcio e Obras P�blicas, estabiliza-se na carreira burocr�tica que seria o seu principal meio de subsist�ncia durante toda sua vida.
 
No O Globo de ent�o (1874), jornal de Quintino Bocai�va, come�a a publicar em folhetins o romance A m�o e a luva. Escreveu cr�nicas, contos, poesias e romances para as revistas O Cruzeiro, A Esta��o e Revista Brasileira.

Sua primeira pe�a teatral � encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II em junho de 1880, escrita especialmente para a comemora��o do tricenten�rio de Cam�es, em festividades programadas pelo Real Gabinete Portugu�s de Leitura.

Na Gazeta de Not�cias, no per�odo de 1881 a 1897, publica aquelas que foram consideradas suas melhores cr�nicas.

Em 1881, com a posse como ministro interino da Agricultura, Com�rcio Obras P�blicas do poeta Pedro Lu�s Pereira de Sousa, Machado assume o cargo de oficial de gabinete.
Publica, nesse ano, um livro extremamente original , pouco convencional para o estilo da �poca: Mem�rias P�stumas de Br�s Cubas -- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Alu�sio de Azevedo, o marco do realismo na literatura brasileira.
 
Extraordin�rio contista, publica Pap�is Avulsos em 1882, Hist�rias sem data (1884), V�ria Hist�rias (1896), P�ginas Recolhidas (1889), e Rel�quias da casa velha (1906).

Torna-se diretor da Diretoria do Com�rcio no Minist�rio em que servia, no ano de 1889.

Grande amigo do escritor paraense Jos� Ver�ssimo, que dirigia a Revista Brasileira, em sua reda��o promoviam reuni�es os intelectuais que se identificaram com a id�ia de L�cio de Mendon�a de criar uma Academia Brasileira de Letras. Machado desde o princ�pio apoiou a id�ia e compareceu �s reuni�es preparat�rias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da institui��o, cargo que ocupou at� sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908. Sua ora��o f�nebre foi proferida pelo acad�mico Rui Barbosa.

� o fundador da cadeira n�. 23, e escolheu o nome de Jos� de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.
Por sua import�ncia, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.
Dizem os cr�ticos que Machado era "urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e c�nico, ignorou quest�es sociais como a independ�ncia do Brasil e a aboli��o da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas hist�rias sempre no Rio, como se n�o houvesse outro lugar. ... A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observa��o psicol�gica.  ...  Sua obra divide-se em duas fases, uma rom�ntica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfund�vel estilo desiludido, sarc�stico e amargo. O dom�nio da linguagem � sutil e o estilo � preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, al�m da desconfian�a na raz�o (no seu sentido cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus contempor�neos."
BIBLIOGRAFIA:
Com�dia
Desencantos, 1861.
Tu, s� tu, puro amor, 1881.

Poesia
Cris�lidas, 1864.
Falenas, 1870.
Americanas, 1875.
Poesias completas, 1901.

Romance
Ressurrei��o, 1872.
A m�o e a luva, 1874.
Helena, 1876.
Iai� Garcia, 1878.
Mem�rias P�stumas de Br�s Cubas, 1881.
Quincas Borba, 1891.
Dom Casmurro, 1899.
Esa� Jac�, 1904.
Memorial de Aires, 1908.

Conto:
Contos Fluminenses,1870.
Hist�rias da meia-noite, 1873.
Pap�is avulsos, 1882.
Hist�rias sem data, 1884.
V�rias hist�rias, 1896.
P�ginas recolhidas, 1899.
Rel�quias de casa velha, 1906.

Teatro
Queda que as mulheres t�m para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
Hoje avental, amanh� luva, 1861.
O caminho da porta, 1862.
O protocolo, 1862.
Quase ministro, 1863.
Os deuses de casaca, 1865.
Tu, s� tu, puro amor, 1881.

Algumas obras p�stumas
Cr�tica, 1910.
Teatro coligido, 1910.
Outras rel�quias, 1921.
Correspond�ncia, 1932.
A semana, 1914/1937.
P�ginas escolhidas, 1921.
Novas rel�quias, 1932.
Cr�nicas, 1937.
Contos Fluminenses - 2�. volume, 1937.
Cr�tica liter�ria, 1937.
Cr�tica teatral, 1937.
Hist�rias rom�nticas, 1937.
P�ginas esquecidas, 1939.
Casa velha, 1944.
Di�logos e reflex�es de um relojoeiro, 1956.
Cr�nicas de L�lio, 1958.
Conto de escola, 2002.

Antologias
Obras completas (31 volumes), 1936.
Contos e cr�nicas, 1958.
Contos esparsos, 1966.
Contos: Uma Antologia (02 volumes), 1998

Em 1975, a Comiss�o Machado de Assis, institu�da pelo Minist�rio da Educa��o e Cultura, organizou e publicou as Edi��es cr�ticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes.
Seus trabalhos s�o constantemente republicados, em diversos idiomas, tendo ocorrido a adapta��o de alguns textos para o cinema e a televis�o.



http://www.releituras.com/machadodeassis_bio.asp
Para saber mais algo sobre literatura


http://www.brasilescola.com/literatura/
Sugestãopara quem tem dúvidas


www.ortografa.com.br/